O clássico dos vovôs

O clássico vovô

(quase literalmente)

(por Paulo Martins)

   Com direito a minuto de silêncio (em homenagem e respeito às vítimas da pandemia), e protestos à federação estadual de futebol, Fluminense e Botafogo entraram em campo no Nilton Santos. 

(Foto: Paulo Martins)

   O Fluminense ensaiou uma pressão inicial ao Botafogo, já com duas finalizações em cinco minutos, com o alvinegro igualando forças nos minutos seguintes, principalmente com uma chance desperdiçada em dobro pelo jovem Pedro Raul, aos 14 e aos 23. Um jogo equilibrado, tenso, técnico e físico domou o primeiro tempo, com pouco espaço para jogo no meio de campo. O Fluminense levou perigo em uma falta de Nenê aos 38. 

   No princípio do segundo tempo o tricolor repetiu as ações, levando perigo em jogadas de bola aérea, abrindo espaço para o alvinegro contra-atacar, mas sem muito sucesso no último passe. Fred perdeu um gol inacreditável após domínio polêmico de Nenê, aos 13. O tom de nervosismo foi seguido quando à altura dos 20 minutos o Fluminense já havia mexido duas vezes, enquanto o Botafogo mantinha os onze iniciais. Aos 27, em densa investida (e enquanto o cenário se desenhava para uma pressão botafoguense), com uma bola na trave de Bruno Nazário. Com 31 minutos, Fred saiu lesionado, sentindo dor na perna direita. Apenas quando Caio Alexandre se machucou que o técnico Paulo Autuori fez a primeira substituição, com 35 minutos. O Fluminense passou a apreciar e valorizar a posse de bola, vendo um Botafogo pouco agressivo. Buscando liquidar o jogo, o Fluminense teve oportunidade aos 45 com Evanilson, que exigiu grande ação do reestreante Gatito Fernández, que retornou do Paraguai após dificuldades políticas para voltar ao Rio de Janeiro. Nos cinco minutos finais (de acréscimos) o Botafogo figurou pressão, com faltas jogadas na área tricolor, o Botafogo não conseguiu superar a estatura alta da defesa rival: 0-0.

   

   O Fluminense vai ao Maracanã buscar bater o Flamengo, e buscar igualmente jogar uma partida bem, depois de tanto tempo. O rubro-negro encontrará um clube (desde o retorno) mais fraco que o Volta Redonda. O Fluminense precisará se reinventar caso queira bater o Flamengo, que tem por sua vez a vantagem de empatar para se sagrar campeão carioca pelo segundo ano consecutivo.