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O tal do Jeitinho Brasileiro


O Tal do Jeitinho Brasileiro

(-por Paulo Martins - 26/06/2020 - 18:26)



Hospital de campanha do Estádio do Pacaembu, São Paulo
(Imagem: Portal R7)


   Sexta-feira 26, que mais podia ser uma sexta-feira 13, final de tarde, final de semana e de expediante para quem tem que trabalhar para sobreviver, com sequer UM brasileiro, dos mais de 210 milhões, a salvo pelo maldito vírus vindo do oriente (e não é necessariamente hora para discutir culpa do nada santo governo chinês), e ainda se segue, na cara dura de sempre, roubando o povo brasileiro. 


   Alheio a toda novela acerca do atual governo nacional, os estados não ficam para trás nessa história de buscar ser o outro lado da moeda, sendo na verdade farinha do mesmo saco do que se dizem opostos, tão semelhante farinha que se desconfia que fora feita da mesma mandioca, agora com sentido para ser "saudada". Se você acha que já viu de tudo na vida, aguarde até o final do ano, pois, exceto para o Distrito Federal, haverá a "festa da democracia"que chamam de eleições.

   Não, não basta que você trabalhe "míseros" 70% do seu tempo de trabalho (em média) para pagar imposto, tem que ver o mesmo converter-se em banquetes para políticos dos três poderes, sem exceção, enquanto eles fingem brigar por uma inexistente noção de justiça para te mostrar que se luta por um país melhor. Enquanto você vê seus semelhantes, próximos, queridos, amores morrerem, te tenho três exemplos excepcionais (além dos exemplos do governo federal, que todos os dias viram manchete que você provavelmente acompanha): 

  1. Governo do Distrito Federal: Não basta que ninguém (praticamente) entenda como funcionam os poderes no DF, o "santo" governador Ibaneis Rocha foi o primeiro a decretar quarentena no Brasil. Exemplo, de fato. Assim como igual por ganância foi o primeiro a flexibilizar a mesma, justo no pico de casos e contágio no distrito. 
  2. Belo Horizonte: o que a capital mineira teria de especial para não ser afetada? População de aço? Seria cômico se nas UTI's não estivesse com 86% de ocupação, e acidade com mais de 110 mortes (dados de ontem, quinta-feira 25). Hoje o prefeito Alexandre Kalil voltou a endurecer a quarentena, deixando apenas disponíveis os serviços  mais essenciais.
  3. Para fechar com chave de ouro (ressaltando um caso que certamente envolveu corrupção) a nossa querida "selva de pedra": a cidade de São Paulo, que além de seu grande governador João Dória, conta com o nunca criticado prefeito Bruno Covas, que demorou uma eternidade e mais um pouco para decretar quarentena, fazendo da cidade de São Paulo o maior matadouro humano da América do Sul. Pelo menos elaboraram um hospital de campanha em um estádio, assim como se fez no Rio de Janeiro e em Fortaleza, por exemplo. A diferença é que "o meu, o seu, o nosso Pacaembu" teve, sequer um mês depois de abrir, sua desativação decretada pelo governo paulista. 

   Senhores, exemplos estes são apenas gotículas inofensivas que fazem parte de uma tempestade, de uma catástrofe (não tão natural) de corrupção que se você já sabe ler, sabe que não estou exagerando. Tá fácil ser brasileiro, não é? Nem os gafanhotos nos querem. E você escolhendo em quem votar sendo que não custa mais que R$4 a multa para quem não vota.